quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

3 de Dezembro - São Francisco Xavier

Francisco nasceu no castelo de Xavier, na Espanha, a 7 de Abril de 1506, e sofreu com a guerra, onde aprendeu a nobreza e a valentia; com 18 anos foi para Paris estudar, tornando-se doutor e professor.
Vaidoso e ambicioso, buscava a glória de si até conhecer Inácio de Loyola, com quem fez amizade, e que sempre repetia ao novo amigo: “Francisco, que adianta o homem ganhar o mundo inteiro se perder a sua alma?” Com o tempo, e intercessão de Inácio, o coração de Francisco foi cedendo ao amor de Jesus, até que entrou no verdadeiro processo de conversão. E tornou-se com Santo Inácio co-fundador da Companhia de Jesus.
A Igreja, que na sua essência é missionaria, teve no século XV e XVI um grande impulso do Espírito Santo para evangelizar a América e o Oriente. Já como padre, e empenhado no caminho da santidade, São Francisco Xavier foi designado por Inácio a ir em missão para o Oriente. Na Índia, fez frutuoso trabalho de evangelização que abrangeu todas as classes e idades; ao avançar para o Japão, submeteu-se a aprender a língua e os seus costumes, a fim de anunciar  Cristo Vivo e Ressuscitado. Foi de tal modo o seu zelo missionário, que ficou conhecido como o “S. Paulo do Oriente”. Veio a falecer a caminho da China que sonhava evangelizar. Entrou no Céu com quarenta e seis anos de idade, com dez  anos de apostolado, e tornou-se o Patrono Universal das Missões ao lado de Santa Teresinha. 
[In http://evangelhoquotidiano.org/]

Advento: Vigiar...

Estamos no começo do Advento. Sabemos já que este tempo dá início a um novo ano litúrgico que começa precisamente com esta preparação para o grande mistério do Natal: Deus fez-se homem e veio habitar entre nós. Assim, este tempo, quer significar a necessidade de um caminho, sobretudo interior, que nos prepare para esta chegada de Deus.
A cada um de nós é atribuída uma tarefa: a tarefa de vigiar, de estar atento, de não se deixar adormecer pela rotina do quotidiano. Com efeito, A palavra de ordem é: “Erguei-vos e levantai a cabeça”, porque Deus está próximo. Esta é a atitude própria de uma sentinela. Este tempo é, por isso, uma provocação, um acordar, um desafio para todos. Mas não apenas para cada um em particular. Sobretudo como comunidade cristã que somos chamados a ser este desafio torna-se ainda mais pertinente e interpelador.
Na verdade, todos temos esta função de vigiar e se o fizermos juntos, em comunidade, o caminho será ‘mais fácil’. Esta é a atitude da comunidade que vive a fé. Toda ela vive de uma esperança já presente no meio de nós. Assim, precisamos de nos apoiarmos uns aos outros, de nos acordarmos, de vigiarmos para que ninguém da comunidade fique adormecido e esquecido. Uma comunidade atenta aos mais fracos e débeis é uma comunidade em Advento.
Precisamos então de nos deixarmos tocar por Deus, de viver uma única esperança: este Senhor que vem ao nosso encontro.


quinta-feira, 8 de maio de 2014

Quinta-feira da 3ª semana da Páscoa

Estão completamente enganados aqueles que rejeitam o projecto que Deus guarda para a sua Criação, negam a salvação da carne e desprezam a ideia da sua regeneração, ao declará-la incapaz de receber uma natureza imperecível. Se a carne não se salva, também o Senhor não nos redimiu com o seu Sangue, nem o cálice da Eucaristia é a comunhão do seu Sangue, nem o pão que partimos é a comunhão do seu Corpo (1Cor 10,16), […] que o Verbo de Deus assumiu em toda a sua realidade e pela qual nos resgatou pelo seu Sangue. […]

E porque somos seus membros (1Cor 6,15) e nos alimentamos das criaturas que nos proporciona, […] Ele afirmou que aquele cálice, fruto da Criação, é o seu Sangue que fortalece o nosso sangue, e confirmou que aquele pão, fruto também da Criação, é o seu Corpo que fortalece o nosso corpo.
[Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo, mártir Contra as Heresias, V, 2, 2-3 (trad. Breviário) (In http://evangelhoquotidiano.org/)]

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Quarta-feira da 3ª Semana da Páscoa

Onde seremos nós capazes de encontrar a alegria do amor? Na eucaristia e na sagrada comunhão. Jesus fez-Se «pão da vida» para nos dar a vida. Ali está Ele, dia e noite. Se realmente quereis progredir no amor, voltai-vos para a Eucaristia, voltai-vos para essa adoração. Na nossa congregação havia o costume de fazer adoração [ao Santíssimo Sacramento] durante uma hora, uma vez por semana; mais tarde, em 1973, decidimos fazer adoração durante uma hora, todos os dias. Andávamos cheias de trabalho: as nossas casas destinadas aos doentes e aos moribundos desvalidos estavam lotadas. Mas, depois que começámos a adoração diária, o nosso amor por Jesus ficou mais íntimo, o nosso amor pelas irmãs mais solícito, o nosso amor pelos pobres mais compassivo. […]

Olhai para o sacrário e vede o que significa esse amor. Terei inteira consciência dele? Será o meu coração assaz puro para poder ver ali Jesus? A fim de que fosse mais fácil para cada um de nós ver Jesus e assim pudéssemos receber a vida, uma vida de paz e de alegria, Ele fez-Se a Si próprio «pão da vida». Se encontrardes Jesus encontrareis a paz.
[Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade «A Palavra», cap. 6 (in http://evangelhoquotidiano.org/)]

quinta-feira, 1 de maio de 2014

São José Operário


O primeiro de Maio, considerado hoje na Europa o dia da «Festa do trabalho», foi, durante muitos anos, nos fins do século XIX e princípios do século XX, um dia de reivindicações e mesmo de lutas violentas pela promoção da classe operária.
A Igreja que se mostrou sempre sensível aos problemas do mundo do trabalho, quis dar uma dimensão cristã a este dia. Nesse sentido, Pio XII, em 1955, colocava a «Festa do trabalho» sob a protecção de S. José, na certeza de que ninguém melhor do que este trabalhador poderia ensinar aos outros trabalhadores a dignidade sublime do trabalho.
Operário durante toda a sua vida, S. José teve como companheiro de trabalho, na oficina de Nazaré, o próprio Filho de Deus, Jesus Cristo.
E foi, na verdade, Jesus que lhe ensinou que o trabalho nos associa ao Criador, dando-nos a possibilidade de aperfeiçoar a natureza, de acabar a criação divina. O trabalho é um serviço prestado aos irmãos. O trabalho é um meio de nos associarmos à obra redentora de Cristo. (Gaudium et Spes, 67). [in http://www.portal.ecclesia.pt)

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Quarta-feira da 2ª Semana da Páscoa


"Os seus preceitos são puros, iluminam os olhos" (Sl 18,9). Recebe Cristo, recebe a capacidade de ver, recebe a luz, a fim de conheceres a Deus e ao homem. […] Recebamos a luz a fim de recebermos a Deus […], recebamos a luz e tornemo-nos discípulos do Senhor […], expulsemos a ignorância e as trevas que turvam os nossos olhos como um nevoeiro, contemplemos o Deus verdadeiro. […] Quando jazíamos nas trevas, prisioneiros da sombria região da morte (Mt 4,16; Is 42,7), resplandeceu para nós uma luz vinda do céu, uma luz mais pura que o sol e mais suave que a vida neste mundo. Esta luz é a vida eterna e tudo o que nela participa tem a vida. A noite teme esta luz; com medo, desaparece e dá lugar ao dia do Senhor; tudo se tornou luz sem ocaso.

O ocidente tornou-se oriente; é «a nova criatura» (Gal 6,15; Ap 21,1). Porque o «Sol de justiça» (Mal 3,20), que passa por todo o lado no seu percurso, visita todo o género humano sem distinção. Ele imita o Pai, que «faz com que o sol se levante sobre todos os homens» (Mt 5,45) e espalha sobre todos o orvalho da verdade. […] Ao crucificar a morte, Ele transformou-a em vida; arrancou o homem à perdição e fixou-o nos céus; transplantou o que era perecível para o tornar imperecível; transformou a terra em céu. […]

Ele dá a vida de Deus aos homens através dos seus ensinamentos divinos: «Imprimirei a minha lei no seu pensamento, gravá-la-ei no seu coração […]: todos Me conhecerão, grandes e pequenos, pois a todos perdoarei as suas faltas e não Me lembrarei mais dos seus pecados. Assim fala o Senhor» (Jer 31,33ss). Acolhamos pois as leis da vida, obedeçamos aos ensinamentos de Deus, aprendamos a conhecê-Lo.
[São Clemente de Alexandria (150-c. 215), teólogo Exortação aos gregos, 11, 113; GCS 1, 79 (In evangelhoquotidiano.org)]

segunda-feira, 28 de abril de 2014

"Restolho" (Mafalda veiga)

Segunda-feira da 2ª Semana da Páscoa

Para a imersão na fonte baptismal: Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Jesus, fonte da vida, faz-me beber a taça de água viva na própria fonte que és Tu, a fim de que, tendo-Te saboreado para a eternidade, não tenha outra sede senão de Ti (cf Jo 4,10)! Imerge-me toda inteira nas profundezas da tua misericórdia! Baptiza-me e entrega-me sem mancha à tua preciosa morte. […] Com a água do teu Santíssimo Lado (Jo 19,34), lava-me de toda a mácula com que manchei a inocência baptismal! Preenche-me com o teu Espírito e toma total posse de mim na pureza do corpo e da alma. […]

Para a veste branca: Jesus, sol de justiça (Mal 3,20), consente que seja revestida com a tua pessoa, e assim viva segundo a tua palavra! Permite que, sob a tua direcção, seja capaz de manter branca, santa e imaculada a veste da inocência baptismal para que, apresentando-a sem mácula no teu tribunal, a conserve para a vida eterna!       

Para pedir a iluminação interior na entrega do círio: Jesus, luz inextinguível, acende em mim a candeia ardente do teu amor, e faz que ela nunca se apague; ensina-me a conservar o meu baptismo livre de todo o pecado, para que, convidada então para as tuas bodas, dos pés à cabeça mereça entrar nas delícias da vida eterna, onde Te verei, ó verdadeira luz, e à doce face da tua divindade (cf Mt 25,1 ss)! […]

Senhor, meu Deus, meu Criador e Reparador, renova hoje mesmo o meu coração com o teu Espírito. […] Senhor meu Deus, verdadeiro Rei, torna-me grande na fé, alegre na esperança, paciente na tribulação, digna das delícias dos teus louvores, cheia do fervor do Espírito Santo, fielmente afeiçoada ao teu serviço e perseverante na tua vigilância até ao último dia da minha vida! Desse modo, contemplarei um dia verdadeiramente com os meus olhos a
quilo em que creio e espero. Então, ver-Te-ei tal como és, face a face (1Jo 3,2; 1Cor 13,12); então, doce Jesus, Tu me saciarás de Ti próprio; e na contemplação do teu divino rosto serás o meu repouso eterno. Ámen.
[(Santa Gertrudes de Helfta (1256-1301), monja beneditina Exercícios, n.º 1, Para recuperar a inocência baptismal; SC 127) in http://evangelhoquotidiano.org/] 

domingo, 27 de abril de 2014

"Quando Acreditas"

2º Domingo da Páscoa (Domingo da Divina Misericórdia)

O texto do Evangelho deste 2º Domingo da Páscoa (Jo 20,19-31) apresenta-se com duas partes distintas e que se referem à celebração comunitária em dois domingos diferentes. 
A primeira parte apresenta Jesus como centro da comunidade cristã, onde todos vão beber a energia que os faz gente sem medo. É na comunidade que Jesus revela a sua identidade através dos sinais da doação e amor (as suas chagas); é na comunidade que Ele dá o dom do Espírito Santo, o sopro da vida que nos faz novas criaturas e que nos envia continuar a sua obra e empenho em distribuir o perdão misericordioso de Deus a todos. 
A segunda parte é uma catequese que diz que é na comunidade que se faz a experiência de Jesus ressuscitado. Tomé só reconheceu que estando da comunidade pôde ver os sinais de Cristo na sua doação total.
Procuremos, de facto, este encontro com o Senhor Ressucitado e testemunhemos com a nossa vida esta boa nova do Evangelho

sábado, 26 de abril de 2014

Sábado da 1ª Semana da Páscoa

Canção do amor que chegou

Eu não sei, não sei dizer
Mas de repente essa alegria em mim
Alegria de viver
Que alegria de viver
E de ver tanta luz, tanto azul!
Quem jamais poderia supor
Que de um mundo que era tão triste e sem cor 
Brotaria essa flor inocente
Chegaria esse amor de repente
E o que era somente um vazio sem fim
Se encheria de cores assim

Coração, põe-te a cantar
Canta o poema da primavera em flor
É o amor, o amor chegou 
Chegou enfim

(Vinicius de Moraes)

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Sexta-feira da 1ª Semana da Páscoa

Mas o que é a ressurreição? Ela não entra no âmbito das nossas experiências, pelo que a mensagem acaba por ser, em certa medida, frequentemente mal compreendida, uma coisa do passado. A Igreja procura levar-nos à sua compreensão […] na linguagem dos símbolos […]. Na Vigília Pascal, indica-nos o significado deste dia sobretudo através de três símbolos: a luz, a água e o cântico novo do aleluia.

Temos, em primeiro lugar, a luz. A criação por obra de Deus – acabámos de ouvir a sua narração bíblica – começa com as palavras: «Haja luz!» (Gen 1,3). Onde há luz, nasce a vida, o caos pode transformar-se em cosmos. Na mensagem bíblica, a luz é a imagem mais imediata de Deus: Ele é todo Resplendor, Vida, Verdade, Luz. Na Vigília Pascal, a Igreja lê a narração da criação como profecia. Na ressurreição, verifica-se de modo mais sublime aquilo que este texto descreve como o início de todas as coisas. Deus diz de novo: «Haja luz». A ressurreição de Jesus é uma irrupção de luz. A morte é superada, o sepulcro escancarado. O próprio Ressuscitado é Luz, a Luz do mundo. Com a ressurreição, o dia de Deus entra nas noites da história. A partir da ressurreição, a luz de Deus difunde-se pelo mundo e pela história. Faz-se dia. Somente esta Luz – Jesus Cristo – é a luz verdadeira, mais verdadeira que o fenómeno físico da luz. Ele é a Luz pura: é o próprio Deus, que faz nascer uma nova criação no meio da antiga, que transforma o caos em cosmos.
[Bento XVI, papa de 2005 a 2013 Homilia da Vigília Pascal, 11/04/2009 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev)]

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Quinta-feira da 1 Semana da Páscoa

Mas o que é a ressurreição? Ela não entra no âmbito das nossas experiências, pelo que a mensagem acaba por ser, em certa medida, frequentemente mal compreendida, uma coisa do passado. A Igreja procura levar-nos à sua compreensão […] na linguagem dos símbolos […]. Na Vigília Pascal, indica-nos o significado deste dia sobretudo através de três símbolos: a luz, a água e o cântico novo do aleluia. Temos, em primeiro lugar, a luz. A criação por obra de Deus – acabámos de ouvir a sua narração bíblica – começa com as palavras: «Haja luz!» (Gen 1,3). Onde há luz, nasce a vida, o caos pode transformar-se em cosmos. Na mensagem bíblica, a luz é a imagem mais imediata de Deus: Ele é todo Resplendor, Vida, Verdade, Luz. Na Vigília Pascal, a Igreja lê a narração da criação como profecia. Na ressurreição, verifica-se de modo mais sublime aquilo que este texto descreve como o início de todas as coisas. Deus diz de novo: «Haja luz». A ressurreição de Jesus é uma irrupção de luz. A morte é superada, o sepulcro escancarado. O próprio Ressuscitado é Luz, a Luz do mundo. Com a ressurreição, o dia de Deus entra nas noites da história. A partir da ressurreição, a luz de Deus difunde-se pelo mundo e pela história. Faz-se dia. Somente esta Luz – Jesus Cristo – é a luz verdadeira, mais verdadeira que o fenómeno físico da luz. Ele é a Luz pura: é o próprio Deus, que faz nascer uma nova criação no meio da antiga, que transforma o caos em cosmos. 

[Bento XVI Homilia da Vigília Pascal, 11/04/2009 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev)]

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Quarta-feira da 1 Semana da Páscoa

Particularmente, considero um dos momentos mais bonitos após a ressurreição de Jesus. Os discípulos de Emaús não conseguem enxerga-Lo, estão tristes, sem esperança. Sentem algo diferente no caminho, o coração ardendo, mas a tristeza é maior. Entretanto, num simples gesto daquele Homem que até então era um desconhecido, faz com que eles abram seus olhos. Era Jesus e vivo!

Certamente já passamos pela experiência daqueles seguidores de Cristo. Participamos da Missa, grupo de oração, conhecemos a Palavra, mas algo que aconteceu na nossa vida nos deixa tristes, sem esperança alguma. De repente, vem alguém e vai nos mostrando um caminho, uma direção, mas não é o bastante, nossa tristeza é profunda demais pra reconhecer alegria naquele momento. Ainda assim, nossa necessidade é imensa e clamamos: Senhor, fica conosco. Ele fica. Agora, as palavras já não são mais necessárias porque Deus se mostra em atos, num ato de Amor, no momento da Partilha! E assim, olhamos pra trás e percebemos que Ele sempre esteve no caminho, com Suas palavras de amor e esperança. Ele não é uma ilusão, é vivo, e está no meio de nós.

(in reflexaoliturgiadiaria.blogspot.com)


terça-feira, 22 de abril de 2014

Terça-feira da 1ª Semana da Páscoa

Temos que nos interrogar constantemente:
Porque sou cristão?
Apenas por tradição?
Porque fica bem?
Porque me ensinaram assim e nunca aprendi outra coisa?
Ou será que é porque fiz a experiência pessoal de Deus
e me deixei tocar por essa força transformadora
da Ressurreição de Jesus?
Que esta verdadeira explosão de amor que é
a Páscoa de Cristo acenda em mim esse fogo novo.
Que as minhas palavras ecoem no coração dos outros
e os meus gestos brilhem com a luz da Ressurreição de Jesus.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Segunda-feira da 1ª Semana da Páscoa

(Imagem retirada de: http://caminhoseveredastk.blogspot.pt/2011/12/alegria-sem-limites.html)
"Bendito seja o Rei que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas alturas!» (Lc 19,38). […] Respira-se um clima de alegria. Jesus despertou tantas esperanças no coração, especialmente das pessoas humildes, simples, pobres, abandonadas, pessoas que não contam aos olhos do mundo. Soube compreender as misérias humanas, mostrou o rosto misericordioso de Deus e inclinou-Se para curar o corpo e a alma. Assim é Jesus. Assim é o seu coração, que nos vê a todos, que vê as nossas enfermidades, os nossos pecados. Grande é o amor de Jesus! […] Jesus é Deus, mas desceu a caminhar connosco como nosso amigo, como nosso irmão. […]"
[Papa Francisco Homilia de 24/03/2013 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev)]

domingo, 20 de abril de 2014

Páscoa

"Se ressuscitastes com Cristo,
aspirai às coisas do alto,
onde está Cristo, sentado à direita de Deus.
Afeiçoai-vos às coisas do alto e não às da terra.
Porque vós morrestes,
e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.
Quando Cristo, que é a vossa vida, Se manifestar,
também vós vos haveis de manifestar com Ele na glória"
(Carta de S. Paulo aos Colossenses, Capítulo 3, Versículos 1 a 4)

sábado, 19 de abril de 2014

Sequência Pascal

À Vítima pascal ofereçam os cristãos
sacrifícios de louvor.
O Cordeiro resgatou as ovelhas:
Cristo, o Inocente,
reconciliou com o Pai os pecadores.
A morte e a vida
travaram um admirável combate:
Depois de morto,
vive e reina o Autor da vida.
Diz-nos, Maria:
Que viste no caminho?
Vi o sepulcro de Cristo vivo
e a glória do Ressuscitado.
Vi as testemunhas dos Anjos,
vi o sudário e a mortalha.
Ressuscitou Cristo, minha esperança:
precederá os seus discípulos na Galileia.
Sabemos e acreditamos:
Cristo ressuscitou dos mortos:
Ó Rei vitorioso, tende piedade de nós.

terça-feira, 25 de março de 2014

Solenidade da Anunciação do Senhor (Nossa Senhora da Encarnação)

Esta mulher será Mãe de Deus, porta de luz, fonte de vida; Ela reduzirá a nada a acusação que pesava sobre Eva. A esta mulher, «os grandes do povo rendem-lhe homenagem» (Sl 44,13), os reis das nações prostrar-se-ão perante Ela oferecendo-lhe presentes […]; mas a glória da Mãe de Deus é interior: é o fruto do seu seio.

Mulher imensamente digna de ser amada, três vezes feliz, «bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre» (Lc 1, 42). Filha do rei David e Mãe de Deus, Rei do universo, obra-prima com que o Criador Se regozija […], tu serás o apogeu da natureza. Porque a tua vida não será para ti, não foi para ti que nasceste, mas a tua vida será para Deus. Vieste ao mundo para Ele, servirás para a salvação de todos os homens, cumprindo o destino por Deus fixado desde todo o sempre: a encarnação do Verbo, sua Palavra, e a nossa divinização. Tudo o que desejas é alimentar-te das palavras de Deus, fortificar-te com a sua seiva como «oliveira verdejante na casa do Senhor» Sl 51,10), «como a árvore plantada à beira das correntes» (Sl 1,2), tu, a «árvore da vida» (Gn 2,9) que «produz frutos doze vezes, um em cada mês» (Ap 22,2). […]

O que é infinito, sem limites, veio morar no teu seio; Deus, o Menino Jesus, alimentou-Se do teu leite. Tu és a porta de Deus sempre virginal; as tuas mãos seguram o teu Deus; os teus joelhos são um trono mais elevado do que os querubins. […] Tu és a câmara nupcial do Espírito, «um rio! Os seus canais alegram a cidade de Deus», isto é, a torrente dos dons do Espírito. Tu «és formosa, a bem amada» de Deus (Ct 4,7).
[(São João Damasceno (c. 675-749), monge, teólogo, doutor da Igreja - Homilia sobre a Natividade da Virgem, § 9; SC 80 in http://evangelhoquotidiano.org/main.phpanguage=PT&module=commentary&localdate=20140325]

domingo, 9 de março de 2014

Primeiro Domingo da Quaresma

Tu que habitas sob a proteção do Altíssimo
e moras à sombra do Omnipotente,
diz ao Senhor:
"Sois o meu refúgio e a minha cidadela:
meu Deus, em Vós confio".

Nenhum mal te acontecerá
nem a desgraça se aproximará da tua tenda,
porque Ele mandará aos seus Anjos
que te guardem em todos os teus caminhos.

Na palma das mãos te levarão,
para que não tropeces em alguma pedra.
Poderás andar sobre víboras e serpentes,
calcar aos pés o leão e o dragão.

Porque em Mim confiou, hei de salvá-lo;
hei de protegê-lo,
pois conheceu o meu nome.
Quando Me invocar, hei de atendê-lo,
estarei com ele na tribulação,
hei de libertá-lo e dar-lhe glória.

[In abcdacatequese.com (http://goo.gl/lsfFOu)]

"Para atravessar contigo o deserto do mundo"

Para atravessar contigo o deserto do mundo
Para enfrentarmos juntos o terror da morte
Para ver a verdade para perder o medo
Ao lado dos teus passos caminhei

Por ti deixei meu reino meu segredo
Minha rápida noite meu silêncio
Minha pérola redonda e seu oriente
Meu espelho minha vida minha imagem
E abandonei os jardins do paraíso

Cá fora à luz sem véu do dia duro
Sem os espelhos vi que estava nua
E ao descampado se chamava tempo

Por isso com teus gestos me vestiste
E aprendi a viver em pleno vento.

(Sophia de Mello Breyner Andresen)

sexta-feira, 7 de março de 2014

Sexta-feira depois das cinzas...



«Porque não jejuam os teus discípulos?» Jesus respondeu: «Porventura podem os companheiros para as núpcias estar tristes, enquanto o esposo está com eles? Porém, hão-de vir dias em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão.» Na verdade, o tempo da Quaresma recorda-nos que o esposo nos foi tirado. Tirado, detido, preso, esbofeteado, flagelado, coroado de espinhos e crucificado. O jejum no tempo da Quaresma é a expressão da nossa solidariedade com Cristo. […] «O meu amor foi crucificado e já não há em mim a chama que deseja as coisas materiais», escreve o Bispo de Antioquia, Inácio, na sua carta aos Romanos (VII, 2)
[Beato João Paulo II na Audiência geral de 21/03/1979 (trad. copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)]

quinta-feira, 6 de março de 2014

Quinta-feira depois das cinzas...

Papa Bento XVI
«Se alguém quer vir após Mim»

O momento favorável e de graça da Quaresma mostra-nos o próprio significado espiritual através da antiga fórmula: «Recorda-te que és pó e pó te hás-de tornar», que o sacerdote pronuncia quando impõe sobre a nossa cabeça um pouco de cinza. Somos assim remetidos para o início da história humana, quando o Senhor disse a Adão, depois do pecado original: «Com o suor do teu rosto comerás o pão, enquanto não voltares à terra, porque dela foste tirado: tu és pó e pó te hás-de tornar!» (Gn 3, 19)

[…] O homem é pó e pó se há-de tornar, mas é pó precioso aos olhos de Deus, porque Deus criou o homem destinando-o à imortalidade. Assim, a fórmula litúrgica «Recorda-te que és pó e pó te hás-de tornar» encontra a plenitude do seu significado em referência ao novo Adão, Cristo. Também o Senhor Jesus quis partilhar livremente com cada homem o destino da fragilidade, sobretudo através da sua morte na cruz; mas felizmente esta morte, cheia do seu amor pelo Pai e pela humanidade, foi o caminho para a ressurreição gloriosa, através da qual Cristo Se tornou fonte de uma graça doada a quantos creem nele e são tornados partícipes da própria vida divina. 

Esta vida que não terá fim já está a decorrer na fase terrena da nossa existência, mas será levada a cumprimento depois «da ressurreição da carne». O pequeno gesto da imposição das cinzas revela-nos a singular riqueza do seu significado: é um convite a percorrer o tempo quaresmal como uma imersão mais consciente e intensa no mistério pascal de Cristo, na sua morte e ressurreição, mediante a participação na Eucaristia e na vida de caridade que da Eucaristia nasce e na qual encontra o seu cumprimento. Com a imposição das cinzas renovamos o nosso compromisso de seguir Jesus, de nos deixarmos transformar pelo seu mistério pascal, para vencer o mal e praticar o bem, para fazer morrer o nosso «homem velho» ligado ao pecado e fazer nascer o «homem novo» transformado pela graça de Deus.
[Audiência geral de 17/02/2010 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)]

quarta-feira, 5 de março de 2014

Começa a Viagem...

Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos).
Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura...
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar.
("A Viagem", Miguel Torga)

domingo, 12 de janeiro de 2014

Baptismo de Jesus

E porque hoje celebramos a Festa do Baptismo de Jesus aqui fica um vídeo que pode ser bastante significativo.


(Este vídeo não é da minha autoria. Os créditos foram mantidos.)

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Santíssimo Nome de Jesus


“Deus o exaltou soberanamente e lhe conferiu o Nome que está acima de todo Nome, a fim de que ao Nome de Jesus todo joelho se dobre, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.” 
(Fil 2, 9-11)

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Ano novo?

"Jamais haverá ano novo se continuar a copiar os erros dos anos velhos."
(Luís de Camões)

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Receita de Ano Novo


Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

(Carlos Drummond de Andrade)